Ninguém vive impunemente numa cidade. Essa frase, tirada de um livro do Autran Dourado sobre a arte de escrever, serve para Belo Horizonte, São Paulo, Paris ou Mumbai. A cidade em que nascemos e vivemos molda quem somos: nosso sotaque e o que gostamos de comer; nossos costumes, time de futebol e jeito de levar a vida. Somos pequenas partes da cidade em que moramos, mas ela é um pedaço gigantesco de cada um de seus moradores.

O BH a Pé nasceu em 2020. Mais do que passeios turísticos, o projeto propõe uma mudança de olhar sobre Belo Horizonte. É a redescoberta da cidade, a observação de esquinas e fachadas, a beleza escondida em prédios que caem aos pedaços e o despertar de histórias há muito esquecidas.

O projeto mescla várias de nossas paixões: viagem, turismo, literatura, história e gastronomia. São seis roteiros temáticos – e outros devem chegar em breve. Já caminhamos por BH com milhares de pessoas. Gente de várias partes do Brasil e do mundo, mas sobretudo de Belo Horizonte.

Você pode reservar sua vaga nos passeios no Instagram do BH a Pé ou pelo Sympla.

Conheça as experiências:

 

  • Páginas Viradas – a BH de Carlos Drummond de Andrade
    Uma experiência guiada pela Belo Horizonte de nosso maior poeta. Começamos na Igreja da Boa Viagem, marco zero da capital, para entender como BH surgiu. De lá, subiremos pela Avenida João Pinheiro, alcançamos a Praça da Liberdade e terminamos na Rua Sapucaí. Os 2,5 km passam rápido, com muita contação de histórias e leitura de poesias, crônicas e contos, não apenas do Drummond, mas também de Pedro Nava, Henriqueta Lisboa e outros nomes da literatura mineira.
  • Hilda Furacão
    BH tem em Hilda Furacão sua maior personagem – ou seria uma lenda urbana? Essa experiência mergulha no livro de Roberto Drummond e na série da Rede Globo, ambos produzidos nos anos 1990. Veremos lugares que são retratados na arte, provaremos sabores descritos por Roberto Drummond e tentaremos desvendar o mistério: por que Hilda largou um noivo milionário no altar e foi trabalhar na zona boêmia?
  • Minas é Muitas
    A frase é de Guimarães Rosa e serve muito bem para definir o maior estado não amazônico do país. Minas é uma ao norte e outra ao sul; tem sabores diferentes no leste e no oeste. Essa experiência mistura gastronomia e literatura com uma espécie de jogo de tabuleiro. Todos os participantes recebem um mapa do estado e uma cartela de adesivos. A cada sabor conquistado, um adesivo vai para o mapa, que depois vira decoração para sua casa. O passeio ocorre dentro de dois mercados: Central e Novo.
  • Nostálgicos Futebol Clube
    O futebol belo-horizontino tem quase a mesma idade da capital. Isso produz um efeito interessante – e único: em BH, fatos esportivos e históricos estão intimamente ligados. Quer ver? O primeiro hospital público de BH foi construído com ajuda de um time de futebol. O primeiro voo de avião da capital foi patrocinado por uma equipe – e o primeiro acidente também. A Nostálgicos FC mergulha nessas histórias e te leva para conhecer o passado de Atlético, América e Cruzeiro. Tudo isso com muita cerveja mineira e comida de boteco.
  • Esquinas do Clube
    O Clube da Esquina não é uma banda. Há quem diga que não é também exatamente um movimento, o que deixa uma única explicação possível: é um trem, no melhor mineirês. Essa caminhada – nossa mais longa – percorre 7 km, visitando vários endereços no centro e no Santa Tereza. Inclui paradas em quatro bares, com comida e bebida, além de uma apresentação exclusiva de músicas do Clube da Esquina.
  • Almas de Minas
    Uma experiência a pé pelos fantasmas, assombrações e lendas urbanas de Belo Horizonte e de Minas Gerais. Essa caminhada ocorre às quintas-feiras, sempre à noite, claro, afinal, de dia os fantasmas não aparecem. Pelo caminho, várias almas de Minas vão sendo conhecidas… a bruxa Maria Papuda, o Fantasma da rua do Chumbo, o funcionário público penado, a sedutora Loira do Bonfim e os encontros espirituais de Carlos Drummond de Andrade.